
"O foco de experimentação nesta disciplina centra-se no teatro pós-moderno onde as fronteiras
de géneros são esbatidas, a narrativa não é linear nem essencial, o texto não tem prioridade. Descontinuidade, fragmentação, descontrução, performer como tema e protagonista, ambiguidade, paródia, heterogenidade, "site-specific", cruzamento de linguagens e estilos de representação, "performance", improvisação e "work-in-progress" são algumas das palavras chave verificadas na tendência do teatro contemporâneo que tentámos explorar no processo das aulas.
Mergulhámos em dois textos pilares da dramaturgia ocidental: "Hamlet" de Shakespeare, clássico dos clássio e "Hamlet Machine" de Heiner Muller, texto emblemático da dramaturgia pós-moderna, procurando escutar como ressoavam dentro de nós ... lembrou-nos, entre outros, Artaud, Kantor e o trabalho coral da tragédia grega.
Como ferramentas base de trabalho usámos "Viewpoints" e "Suzuki" do ponto de vista do intérprete e "Composição" do potno de vista do criador/encenador, técnicas contemporâneas de treino/criação do actor desenvolvidas por Anne Bogart.
No âmbito do carácter generalista deta licenciatura os intérpretes foram co-criadores deste exercício, trabalhando em todas as áreas (artística, técnica e intelectual) de montagem do mesmo com grande generosidade, empenhi e espírito de sacrifício.
"O teatro é uma espécie de bisturi que nos premite entrar em nós próprios." (Grotowski)
Ficha Técnica:
Texto adaptado de :
"Hamlet Machine" de Heiner Muller, traduçãi de Anabela Mendes
"Hamlet" de Shakespeare, tradução de Sophia de Mello Breyner Andersen
Direcção: Nicolau Antunes
Intérpretes e co-criadores: Ana Lopes, Claudia Miriam, Cristina Rodrigues, Daniel Moutinho, Diana Pires, Henrique Calado, Joana Velez, Margarida Alegria, Marcília Rodrigues, Márcio Pereira, Rubi Girão, Tânia Dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário